WHAT MEGHAN WANTS,

MEGHAN GETS 

O Reverendo Padre Pedro Quintela, Pároco do Monte de Caparica; Vigário Paroquial da Paróquia de Trafaria; Vigário Forâneo da Vigararia da Caparica e Capelão da FCT NOVA (Universidade que me é vagamente familiar) e que, a 9 de outubro de 2018, foi condecorado como Membro Honorário da Ordem do Mérito pelo senhor Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, é um Presbítero muito “sui generis”.

Há uns tempos, já não sei precisar quando (porque isto da idade não perdoa), o Reverendo Pe Quintela celebrou o casamento do filho duns Queridos Amigos meus, na Igreja de Nossa Senhora do Monte da Caparica. 

Vou começar por me abster de comentar a quantidade de vezes que o Reverendo Padre informou os presentes que, na semana seguinte, iria partir em peregrinação para a Terra Santa... fiquei tão contente por ele, que até me lembro de pensar cá para mim que só queria que ele fizesse uma boa viagem. Abençoado!

Já as admoestações aos fiéis, qual mestre escola, foram mais que muitas. Com os sucessivos pedidos de silêncio tendo a concordar com ele, porque as pessoas esquecem-se que estão num espaço sacralizado e não numa “esplanada”. Talvez devido á alegria do momento, mas o facto é que às vezes exageram nas "conversetas" e o murmúrio torna-se desrespeitoso para quem celebra a cerimónia. Também nunca tinha visto interromper o “acto penitencial” para indicar qual era a porta de acesso ao coro alto, nem tão pouco proceder à mudança do local do microfone a meio de uma leitura... enfim!

Agora, aos sessenta anos, confesso que foi a primeira vez que assisti, no meio de um casamento, a um Padre celebrante a fazer de polícia de trânsito, indicando, em plena eucaristia, onde e quando, os presentes deviam parquear as respectivas viaturas por forma a não interferir com o tráfego local e durante a homilia indicar quais eram "as vantagens da aquisição do ViaCard de maneira a ter obte descontos nas portagens da ponte sobre o Tejo".. 

Também, salvo o devido respeito, o Senhor Prior sabe melhor do que eu (que sou um mero catequista), que a maneira plena de se participar da Missa é comungando, sobretudo levando em consideração que a participação na Santa Missa tem, em si mesma, um valor salvífico e que constitui uma perfeita forma de oração. Contudo, nem na Sé de Lisboa, alguma vez ouvi o Senhor Patriarca informar os presentes de quais eram os preceitos para receber, ou não, a comunhão...

Mas, viver e aprender... viver e aprender! 

“Pois todo o que se exalta será humilhado, e o que se humilha será exaltado”
(Lucas 14:11)