Ontem, enquanto assistia ao programa “Eixo do Mal”, transmitido na SIC Notícias, fiquei com “vergonha alheia” ao ouvir a defesa que o “cartilheiro” ao serviço do Partido Socialista, o Pedro Marques Lopes, ali fez do senhor ministro das Finanças, Dr. Fernando Medina.
Confesso que fiquei ruborizado até à ponta dos cabelos tal foi o meu constrangimento que o dito comentador Lopes provocou em mim...
A saber;
Na passada quarta-feira, dia 18 de Janeiro, a Polícia Judiciária realizou buscas na Câmara de Lisboa por “suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação“, numa nomeação para “prestação de serviços que foi assinada em 2015” pelo então presidente da autarquia, Dr. Fernando Medina (Partido Socialista), que está agora em ministro das Finanças, alegadamente pela viciação das regras para a contratação de um histórico do PS de Castelo Branco com vista à gestão das obras públicas na capital.
Atendendo que este governo tem apenas um (1) ano, vou abster-me aqui de mencionar as polemicas em que Sua Excelência, o senhor ministro das Finanças já se viu envolvido no exercício deste seu cargo, tais como, a 27 de Abril de 2022, o Dr. Fernando Medina ter ido à Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República justificar a proposta do Orçamento do Estado, porque afinal, o governo se havia enganado nas contas e a massa salarial para os trabalhadores do Estado iria custar mais 120 milhões de euros do que a proposta de OE, que havia sido entregue dias antes na AR, inicialmente previra. Quem não!?
Ou então, o facto de desconhecer as indeminizações que a TAP paga, ou deixa de pagar, a ex-administradoras que, por acaso, depois até acabam em suas secretárias de Estado... vejam só a coincidência.
Today I have decided to tour down memory lane and remember the days when Mr. Fernando Medina was the Mayor of Lisbon. (desculpem o inglês, mas não consegui resistir).
Falo da autarquia de Lisboa, no tempo do Edil Mediana, em que enviava por email os nomes e moradas dos organizadores das manifestações anti-Putin à embaixada russa em Lisboa e ao Ministério dos Negócios Estrangeiros daquele país. Obviamente que depois os visados garantiram que ficaram com "medo" de represálias...
Ou das obras por forma a introduzir a ciclovia “pop up” construída na Avenida Almirante Reis, em Lisboa, através da supressão de uma via de trânsito, que hoje várias entidades argumentam que não cumpre as normas de segurança, já que de acordo com a Agência Nacional de Segurança Rodoviária e o Instituto da Mobilidade e dos Transportes, os ciclistas e os carros circulam a menos de 1,5 metros de distância e a utilização da ciclovia por parte dos veículos de emergência compromete a segurança dos ciclistas. Já não mencionando que as cargas e descargas ou as paragens de autocarros comprometem a normal circulação de ambulâncias e de carros de bombeiros.
Ou quando a CML tomou posse administrativa de vários imóveis em Alfama, porque o Senhor Presidente da Câmara entendeu “ser ecuménico” e construir uma segunda mesquita (convirá não esquecer que já existe a Mesquita Central de Lisboa, à Praça de Espanha) desalojando para isso os seus legítimos proprietários das suas casas, ia o ano de 2016...
Mas, termino por onde comecei, ou seja, pela intervenção confrangedora de, ontem, do senhor Pedro Marques Lopes no programa “Eixo do Mal”, transmitido na SIC Notícias.
Faz muito que deixei de ter a ilusão que os órgão de comunicação social tinham por objetivo “informar” as audiências e que as “politicas editorias” eram isentas”... pois sim!
Mas, daí aos comentadores, tais como o senhor Pedro Marques Lopes, se dirigirem ao espectador do programa como de um mentecapto se tratasse, vai uma enorme diferença.
Ele ontem, basicamente insurgiu-se contra todos os “ataques vis e soezes” que estão a desferir contra o senhor ministro da Finanças, Dr. Fernando Medina, só lhe faltando “colocar as mãos no fogo por ele”.
Mais, coitado “até se prontificou a ir prestar declarações à Procuradoria-Geral da Republica” ... fiquei boquiaberto, enquanto advogado que sou! Agora, para os comentadores socialistas, o cumprimento dos dispositivos legais em vigor passou a ser “um favor” ...