¿PEDRO SÁNCHEZ, PORQUÉ NO TE CALLAS? 

(em Português and in English) 

O Presidente do Governo espanhol em funções, Doutor Pedro Sánchez, declarou ontem o seu apoio à candidatura no segundo turno das eleições presidenciais da República Federativa do Brasil a Lula da Silva. 

Naquilo que eu, de um ponto de vista mais técnico, poderia classificar como um

“transtorno dissociativo de identidade”, o senhor Presidente do Governo espanhol, Doutor Pedro Sánchez, revelou que dá este apoio ao candidato do Partido dos Trabalhadores na condição de líder do Partido Socialista Operário Espanha. 

Portanto, para o senhor Presidente do Governo espanhol, Doutor Pedro Sánchez, tão habituado que está a

“apunhalar pelas costas” o seu país vizinho, a ingerência em assuntos internos de um outro país (que ainda por cima nem é antiga colónia espanhola) é uma mera bizantinice.  

Aparentemente, na península Ibérica, ambos os líderes socialistas (curiosamente à frente dos respectivos governos nacionais), nunca ouviram falar do princípio de "Não-Intervencionismo”, em política internacional, que se traduz na obrigação dos Estados em não intervirem, directa ou indiretamente, nos assuntos internos de outro Estado com a intenção de afetar ou subordinar sua vontade. Deriva de um princípio do direito internacional público - o princípio de não intervenção ou não ingerência - que estabelece a soberania do Estado e o direito de autodeterminação dos povos, está nomeadamente consagrado no artigo 2.4 da Carta das Nações Unidas. 

É muito curioso verificar que a mesma esquerda que se arroga de superioridade ética e moral, é a mesmíssima esquerda que só se submente à Lei se isso for da sua conveniência... por demais interessante! 

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¿Pedro Sánchez, porqué no te callas? 

The Spanish Prime Minister in office, Mr. Pedro Sánchez, yesterday declared his support for Lula da Silva's candidacy in the second round of the presidential elections of the Federative Republic of Brazil. 

In what I, from a more technical point of view, could classify as a “dissociative identity disorder,” the Spanish Prime Minister, Mr. Pedro Sánchez, revealed that he gives this support to the candidate of the Workers' Party as leader of the Socialist Workers Party of Spain, not as a PM. 

Therefore, for the Spanish Prime Minister, so used to “stabbing his neighboring country, Portugal, in the back,” interference in the internal affairs of another country (which is not even a former Spanish colony) is not a great deal. 

Apparently, in the Iberian Peninsula, both socialist leaders (curiously at the head of the respective national governments) had never heard of the principle of “Non-Interventionism” in international politics, which is the obligation of States not to intervene, directly or indirectly, in national affairs of another State to affect or subordinate their will. It derives from a principle of international law - the focus of non-intervention or non-interference - which establishes the sovereignty of the State and the right of peoples to self-determination, it is in particular enshrined in Article 2.4 of the Charter of the United Nations. 

It is very curious to see that the same left-wing parties that claim ethical and moral superiority are the very left-wing parties that only submit to the law if it is convenient for them... very interesting indeed!