A Senhora secretária de Estado do Turismo estimou, esta terça-feira, dia 2 de Agosto, que Portugal precisa cerca de 45 mil a 50 mil trabalhadores no sector do turismo, vagas que poderão vir a ser preenchidas por trabalhadores de países de língua portuguesa ao abrigo do regime recentemente votado favoravelmente na Assembleia da República a 21 de julho pp.
De recordar que, com dados divulgados pelo próprio governo, o turismo foi a origem, em Portugal, de 19,1% da riqueza produzida no ano passado, de acordo com o relatório do World Travel & Tourism Council (WTTC), que aponta Portugal como o 5º país onde é mais forte a contribuição do turismo para o PIB.
Nestas declarações à Lusa, à margem de uma visita ao Algarve, a Senhora secretária de Estado do Turismo, Eng.ª Rita Marques, adiantou também que está a ser preparada, para o último trimestre do corrente ano, uma "missão empresarial" portuguesa para "garantir" que o país possa receber trabalhadores dos países da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], com o enquadramento do novo regime de entrada e de permanência de trabalhadores em Portugal.
Ou seja, apesar de ser um pouco lerdo, se entendi bem, para o governo socialista do Senhor Dr. António Costa, a solução preconizada não passa por suprir estas carências de mão de obra indo buscar os desempregados que se encontram inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) ou em procurar inverter a tendência daqueles dos nossos jovens que estão a ir embora para trabalhar no estrangeiro à procura de melhores condições de vida. Nada disso, como o Senhor Primeiro-Ministro não gosta de ser contrariado, denotando curiosamente algumas semelhanças, com um outro governante, cujo nome agora me falha (malditos 60 anos e os meus lapsos de memória...) mas que nasceu, no final do século XIX, ali para os lados do Vimieiro... mas, continuando, o governo português opta antes por deixar quem está a receber subsídios pagos pelo erário público tranquilo, por prosseguir a manter-se impávido enquanto os nossos jovens emigram, mas opta antes por abrir as fronteiras à emigração sem um grande critério de selectividade. Bravo!
Fico espantado com a atualidade do discurso, proferido em Perth, na Escócia, a 28 de maio de 1948, por Sir Winston Churchill, intitulado “O socialismo é a filosofia do fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja.”... Churchill, indubitavelmente, era um homem à frente do seu tempo!