O Grupo Hoteleiro Vila Galé anunciou que vai aumentar em 11% (onze por cento), em termos médios, os salários dos seus 1.350 trabalhadores em Portugal.
O grupo Vila Galé é actualmente responsável pela gestão de 37 unidades hoteleiras, 27 das quais se situam em Portugal (Algarve, Beja, Évora, Elvas, Alter do Chão, Oeiras, Cascais, Sintra, Ericeira, Estoril, Lisboa, Coimbra, Serra da Estrela, Porto, Braga, Douro e Madeira) e 10 no Brasil (Alagoas, Rio de Janeiro, Fortaleza, Caucaia, Salvador, Guarajuba, Cabo de Santo Agostinho, Touros, Angra dos Reis e São Paulo), com um total de 8.432 quartos e 19.380 camas.
De acordo com o administrador da empresa, Gonçalo Rebelo de Almeida, este aumento segue-se à subida de 7% que se verificou em 2022, e representará um acréscimo na despesa da ordem dos €4,5M – embora neste valor estejam também incluídos os 400 a 500 trabalhadores sazonais.
O salário mínimo praticado pela empresa passará também a estar fixado nos €900, segundo aquele responsável, remuneração que abrangerá cerca de 25% dos trabalhadores.
Recordo que o turismo foi a origem, em Portugal, de 19,1% da riqueza produzida em 2021, de acordo com o relatório do World Travel & Tourism Council (WTTC), o qual aponta Portugal como o 5º país onde é mais forte a contribuição do turismo para o PIB.
Depois da Grécia e Portugal, os países europeus onde o turismo tem mais peso no PIB são a Áustria, com 15,4%, a Espanha, com 14,6%, a Itália, com 13,2%, a Turquia com 12,1% e o Reino Unido, com 11%, todos acima da média na União Europeia, que é de 10,1%.
Ou seja, em valor absoluto da contribuição do turismo para o PIB, Portugal surge em 29º entre os 40 países especificados na informação do WTTC, com 45 mil milhões de dólares, à frente da Grécia, com 44 mil milhões.
Em suma, há um défice significativo de pessoal qualificado – sendo a principal razão os baixos ordenados oferecidos por contrapartida às qualificações exigidas aos candidatos - num sector fundamental para a economia portuguesa, (ao contrário do senhor Mário Nogueira que não produz nada), em 2021 - ainda não há números de 2022 - o Turismo contribuiu com 16,8 mil milhões de euros para o PIB nacional, de forma direta e indireta, ou seja, este valor traduz-se em 8% do total do PIB nacional, ficando ainda abaixo dos níveis de 2019, quando se situava em 11,8%.
Já o consumo de turismo no país totalizou em 2021 os 21.334 milhões de euros (10,1%) do PIB.
Em minha opinião, este é um exemplo a ser seguido!